Sistema de Alertas Unicol – SAU

Risco de Esporulação

O risco não será igual para todas as zonas ao mesmo tempo. Daí a importância de monitorizar cada zona individualmente.

Mensagens de texto

Consoante a mensagem que receber por parte do SAU, consideramos:

RISCO BAIXO – Condições atmosféricas favoráveis à esporulação reunidas por menos de 24h.

RISCO MODERADO – Condições atmosféricas favoráveis à esporulação reunidas por mais de 24h e menos de 48h.

RISCO ALTO – Condições atmosféricas favoráveis à esporulação reunidas por mais de 72h.

Fig. 1 – Monitorização do risco de esporulação e respectiva legenda de cores.

Fig. 1 – Monitorização do risco de esporulação e respectiva legenda de cores.

Fig. 2 – Monitorização do risco de esporulação num período de uma semana.

Fig. 2 – Monitorização do risco de esporulação num período de uma semana.

Recomendações

Quando receber uma mensagem a alertar para RISCO MODERADO, não quer dizer que já haja esporulação e que possa ser já motivo para proteger os animais. Mas significará que a época estará a aproximar-se. Quando receber uma mensagem a alertar para RISCO ALTO nas suas zonas de pastoreio, deverá iniciar a protecção dos animais como forma preventiva para a pitomicotoxicose, seja esta protecção com suplementação no concentrado seja sob a forma de bolus. 

NOTA: Por forma a proteger os animais em produção, estes deverão comer no mínimo 5 Kg(*) de concentrado suplementado com zinco. Os animais em fase não produtiva (secos) ou novilhas deverão comer 2,5 Kg(*) de concentrado suplementado com zinco.

(*) Estas quantidades são recomendadas para os clientes da fábrica da Unicol. Os clientes de outras fábricas de concentrado deverão contactar o seu fornecedor, pois as quantidades e formas de zinco poderão variar.

Descrição da doença

A fotossensibilidade, conhecida pelos produtores como ‘doença de queimar’ ou ‘sangue entre a pele’, é um dos sinais clínicos da pitomicotoxicose, intoxicação que é causada pela esporidesmina, uma micotoxina produzida por esporos do fungo Pithomyces chartarum. A esporidesmina é uma hepatotoxina potente que causa pericolangite e oclusão das vias biliares no fígado, causando diversos problemas de bem-estar e de saúde (incluindo morte em casos extremos) aos animais que pastoreiam, e tem um elevado impacto económico nas explorações pecuárias. A formação de esporos (esporulação) ocorre quando se encontram reunidas as seguintes condições: temperatura superior a 16ºC e humidade acima de 76% por 72 horas consecutivas. Os esporos formam-se sobretudo junto ao solo, tornando as pastagens perigosas para os animais, uma vez que estes podem ser ingeridos com a forragem.

A partir de 30.000 esporos por grama de erva, as pastagens são consideradas perigosas. Nos Açores, as contagens mais elevadas verificam-se entre os meses de julho e início de novembro.

São necessários cerca de 10 a 14 dias entre a ingestão da toxina e a manifestação dos primeiros sinais clínicos de fotossensibilidade (sensibilidade à luz) – Quando o problema é detetado já existem lesões no fígado e nas vias biliares. A manifestação tardia dos sinais clínicos é um mau indicador da presença e da gravidade da doença.

A incorporação de Zinco nas rações tem sido usada, de forma eficaz, na prevenção da doença.

A esporidesmina, a principal causa de fotossensibilidade no gado de pastoreio dos Açores, tem causado sofrimento e problemas de saúde aos animais e perda de produtividade durante décadas.

Impactos do fungo Pithomyces chartarum nos animais e sua produtividade

  • Fotofobia (medo da luz)
  • Desconforto e dor devido à fotossensibilidade
  • Procura de sombra
  • Edema e necrose da pele branca
  • Perda da pele queimada
  • Complicações hepáticas
  • Icterícia
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Quebra acentuada na produção de leite
  • Redução da esperança de vida
  • Morte em casos extremos

Risco de Stress Térmico 

O Stress Térmico nos animais bovinos é calculado através do Índice de Temperatura e Humidade relativa.

O Sistema de Alertas da UNICOL, disponibiliza uma previsão semanal para o risco de stress térmico dos seus animais, para as zonas onde estes pastoreiam.

Assim, para:

Risco Stress Térmico BAIXO, os animais não se encontram em risco de stress térmico. A temperatura e humidade relativa prevista, não irá interferir com a performance normal dos animais.

Risco Stress Térmico MODERADO, os animais mostram algumas alterações comportamentais na ingestão de matéria seca e ligeira descida da produção de leite. Em termos de fertilidade, poderão haver algumas alterações a nível de manifestação de cios, deteção de cios e redução do tempo de viabilidade dos óvulos;

Risco Stress Térmico ALTO, os animais mostram sinais de desconforto visíveis. A baixa de fertilidade e mortalidade embrionária aumentam. Os animais diminuem a ingestão de matéria seca em cerca de 25%, com consequente baixa de produção e gordura do leite, aumentam a ingestão de água (fresca), procuram sombra. A temperatura corporal aumenta de tal forma que os animais inseminados nestas condições não ficam gestantes. Aumentam também os riscos de mortes embrionárias.

Recomendações:

Recomendamos, para tentar minimizar os efeitos negativos do stress térmico nos animais, disponibilizar água fresca e à livre disposição e assegurar que 15% dos animais possam beber ao mesmo tempo; proporcionar zonas de sombra, sempre que possível.

Aumentar a frequência de distribuição do alimento e assegurar que a fibra efectiva da dieta é suficiente. Privilegiar os alimentos menos termogénicos.”